O Que Ninguém Sabia: Família de Diogo Jota Obrigada a Retirar Flores da Campa

 

Uma Perda que Marcou Gondomar

A morte trágica de Diogo Jota e do irmão André Silva, vítimas de um acidente de viação na madrugada de 3 de julho, continua a abalar Gondomar e o país. O avançado do Liverpool era um dos maiores motivos de orgulho da cidade e a sua ausência permanece dolorosa. Meses após o acidente, a população continua a expressar o luto de forma intensa.

O Cemitério de São Cosme como Local de Homenagem

No cemitério de São Cosme, em Gondomar, onde os dois irmãos estão sepultados, são inúmeros os ramos de flores deixados diariamente na campa de ambos. O avô paterno, Fernando, revelou que este gesto de carinho é tão frequente que a família se vê obrigada a retirar flores com regularidade.

“O Diogo era bondoso, havia muita gente aqui que gostava dele. Ele ajudava muito. Ainda agora vim do cemitério e todos os dias temos de tirar flores lá da campa, Deus me livre”, contou emocionado.

O Amor e a Simplicidade dos Irmãos

Apesar da dor, estas manifestações são recebidas com enorme gratidão. Para Fernando, elas refletem não apenas a carreira e notoriedade de Diogo, mas sobretudo a forma simples e generosa como tanto ele como André viviam. “Muita gente aqui chora por causa deles. Eles eram amigos de toda a gente. Nós não nos metemos na vida uns dos outros, mas estamos sempre prontos a ajudar”, acrescentou.

Reflexão Final

O gesto repetido de deixar flores não é apenas um ritual de luto; é também uma forma coletiva de agradecer. Diogo Jota e André Silva não foram apenas atletas talentosos, foram jovens que tocaram vidas pelo carinho, humildade e proximidade com quem os rodeava.

O facto de a família ter de retirar flores diariamente mostra a dimensão da dor partilhada por toda uma comunidade. É um símbolo de como a memória pode ser preservada não apenas em estátuas ou troféus, mas no coração de quem sente falta. A tragédia da família Silva transformou-se num luto coletivo, mas também num exemplo de como a solidariedade pode manter viva a lembrança de quem partiu cedo demais.