A antiga manequim Sofia Aparício e Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, estão a viver momentos dramáticos após terem sido detidas em Israel quando tentavam chegar a Gaza a bordo da chamada Flotilha Humanitária, uma iniciativa que tinha como objetivo abrir um corredor humanitário.
Ambas encontram-se atualmente numa cela sobrelotada, onde estão mais de 11 pessoas, em condições descritas como indignas e desumanas. A situação foi revelada através de cartas emocionantes enviadas às famílias, nas quais ambas garantem que estão vivas, mas denunciam o tratamento que têm recebido.
Sofia Aparício escreveu uma mensagem comovente na qual descreve a realidade dura que enfrenta:
“Estou bem. Não nos tratam bem. Nem água ainda nos deram e, para comer, apenas pimentos crus com iogurte. Fomos postas numa jaula.”
A antiga modelo partilhou ainda a sua esperança de regressar a Portugal em breve.
Mariana Mortágua também enviou uma carta à mãe, onde descreve as condições degradantes a que estão sujeitas, referindo que passaram 48 horas sem comida nem água. Na mesma mensagem, deixou um apelo claro:
“Mãe, estou bem, mas não nos trataram bem. Sem comida nem água durante 48 horas. Convoquem uma manifestação, contacta Joana T e o BE.”
As duas portuguesas foram visitadas esta sexta-feira, 3 de outubro, pelo cônsul e pela embaixadora de Portugal em Israel, Helena Paiva, que estão a acompanhar a situação e a tentar agilizar o processo de repatriamento.
O caso tem gerado forte comoção e indignação em Portugal, não só pelo tratamento descrito, mas também pelo simbolismo da missão humanitária que levou Sofia Aparício e Mariana Mortágua até ao território em conflito. A situação levanta questões urgentes sobre direitos humanos e o tratamento dado a ativistas internacionais que procuram ajudar populações em situação crítica.
💭 Reflexão final
A coragem de Sofia Aparício e Mariana Mortágua demonstra que lutar por causas humanitárias continua a ser um ato de grande risco. A denúncia das condições em que estão detidas expõe a dura realidade enfrentada por quem tenta levar ajuda a zonas de conflito. É um lembrete poderoso de que os direitos humanos devem ser respeitados acima de fronteiras e ideologias, e que a solidariedade não deve ser punida, mas sim protegida.
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