Anjos em Tribunal Contra Joana Marques: Entregam Fotos Chocantes da Crise de Acne de Sérgio Rosado!

 O Caso Joana Marques e os Irmãos Anjos: Stresse, Saúde e Humor em Tribunal

Durante o julgamento que opõe Joana Marques aos irmãos Sérgio e Nélson Rosado, conhecidos como Anjos, surgiram revelações inesperadas sobre alegados problemas de saúde que os cantores dizem ter enfrentado devido a um vídeo humorístico divulgado em 2022. Nesse vídeo, a humorista interpretava, de forma caricata, o hino nacional, o que, segundo os artistas, lhes terá causado um enorme impacto emocional e físico.

De acordo com informações avançadas pela revista Sábado, que teve acesso à petição inicial do processo, Sérgio Rosado declarou ter sofrido uma crise de acne severa, algo inédito na sua vida adulta. O cantor, que conta atualmente 42 anos, afirmou nunca ter experienciado problemas de pele sequer durante a adolescência. Para comprovar a gravidade da situação, foram anexadas aos autos três fotografias do seu rosto com visíveis borbulhas.

As advogadas dos músicos, Luciana Rosa de Oliveira e Natália Luís, sustentaram em tribunal que a crise dermatológica persistiu durante vários meses, sendo esta atribuída a episódios de stresse intenso. Esta versão foi corroborada por um relatório clínico, igualmente incluído no processo.

Por sua vez, Nélson Rosado relatou sintomas distintos mas igualmente associados ao stresse. Segundo o cantor, o episódio provocou-lhe uma tensão nervosa significativa, um derrame ocular no olho direito, insónias prolongadas e um estado contínuo de ansiedade, preocupação e revolta. A exposição mediática, segundo Nélson, terá sido especialmente dolorosa, levando a noites seguidas sem conseguir dormir.

A Defesa de Joana Marques

Na resposta à acusação, os advogados de Joana Marques, Elsa Seara e Nuno Salpico, demonstraram perplexidade perante a alegação de que um vídeo humorístico de curta duração, publicado nas redes sociais, pudesse provocar danos tão graves. Na sua defesa, afirmaram que “é incompreensível que uma publicação com menos de um minuto possa causar efeitos emocionais e físicos tão devastadores, como se de uma agressão direta se tratasse”.

Além disso, a defesa sublinhou que, do ponto de vista científico, não existe qualquer base sólida para se afirmar que uma publicação humorística possa desencadear uma crise de acne num homem adulto. “Na história da dermatologia, nunca foi documentada uma ligação direta entre um vídeo humorístico e uma reação cutânea desta natureza”, argumentaram.


Reflexão Final

Este caso levanta uma questão complexa e relevante na era digital: até que ponto o humor e a liberdade de expressão podem ser responsabilizados por consequências emocionais ou físicas em terceiros? Vivemos num tempo em que as redes sociais amplificam cada gesto, cada palavra e cada vídeo. Embora seja inegável que a exposição pública possa gerar stresse e pressão emocional, é legítimo perguntar se não estaremos a atribuir ao humor um poder que ele, por si só, não tem.

Será que um vídeo de um minuto pode realmente ser responsável por problemas de saúde tão graves? Ou será que a verdadeira questão está na forma como lidamos com a crítica, a exposição e a imagem pública? A fronteira entre liberdade artística, direito ao humor e ofensa é, hoje, mais ténue do que nunca.

Este processo judicial poderá vir a ser um marco para entender como a sociedade portuguesa encara o impacto psicológico do humor e se estamos, talvez, a caminhar para um mundo em que a sensibilidade individual sobrepõe-se à liberdade de expressão.

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