Jornalista da CNN na mira após entrevista explosiva com André Ventura

Entrevista tensa termina com saída de Ventura em direto

O jornalista da CNN Portugal, André Carvalho Ramos, viu-se envolvido numa nova onda de críticas após conduzir uma entrevista com André Ventura, candidato às eleições presidenciais, no programa Verdade e Consequência. O momento mais marcante ocorreu quando Ventura abandonou o estúdio em direto, após uma pergunta do comentador Pedro Costa, filho do antigo primeiro-ministro António Costa. Francisco Rodrigues dos Santos, ex-líder do CDS, também participou na entrevista.

Redes sociais reacendem polémica do passado

A entrevista gerou forte reação nas redes sociais, especialmente entre apoiantes de André Ventura, que acusaram a CNN de parcialidade. Como parte dessa ofensiva digital, ressurgiu um episódio antigo da vida pessoal de André Carvalho Ramos: o processo judicial relacionado com o seu ex-companheiro, o também jornalista Emanuel Monteiro.

Relação marcada por acusações de violência

O caso remonta a 2020, quando Emanuel Monteiro apresentou uma queixa-crime contra André Carvalho Ramos, alegando ter sido vítima de violência doméstica durante o relacionamento de dois anos que mantiveram. Segundo o Ministério Público, a relação teria sido marcada por episódios repetidos de agressão.

Monteiro tornou pública a sua versão dos factos nas redes sociais, descrevendo um padrão de violência crescente. “Fui vítima de violência doméstica durante mais de um ano. Começou com um estalo e acabou com um espancamento, no dia do meu aniversário”, escreveu na altura.

Decisão judicial e reação de Carvalho Ramos

O processo terminou em novembro de 2020 com a condenação de André Carvalho Ramos por três crimes de ofensa à integridade física simples. No entanto, o tribunal não considerou provado o crime de violência doméstica, apontando incoerências e fragilidades no testemunho de Emanuel Monteiro.

Na altura, André Carvalho Ramos reagiu publicamente: “Quiseram denegrir-me acusando-me de violência doméstica. Esses factos não ficaram provados. Emanuel Monteiro mentiu e o próprio tribunal apontou-lhe incoerências.”

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