Durante uma conversa no podcast “Código X”, da RFM, Joana relatou que desde cedo percebia que havia algo diferente no comportamento da filha:
“Sempre fez muitas birras desde pequenina, mas havia qualquer coisa dentro de mim que me dizia: estas birras não são normais. Eu sentia que havia algo mais.”
A realizadora recorda que procurou ajuda junto de pediatras, professores e até psicólogos, mas as respostas eram sempre as mesmas: “É feitio difícil”, diziam.
Foi apenas quando falou com a psicóloga Vera Melo que ouviu, pela primeira vez, a recomendação para levar Carolina a um pedopsiquiatra.
“Na altura foi um choque”, confessou.
O diagnóstico trouxe finalmente explicações. A médica confirmou que Carolina sofre de hipersensibilidade sensorial, uma condição que afeta a forma como a criança reage a estímulos do ambiente.
“Ela não consegue regular as emoções em ambientes com muitas pessoas. Até o toque das meias ou o barulho à volta pode deixá-la desconfortável. Percebi que o que eu chamava de birra era, na verdade, uma crise que ela não conseguia controlar.”
De acordo com especialistas, este transtorno provoca reações intensas a sons, luzes, texturas e cheiros, podendo manifestar-se de forma diferente em cada pessoa.
Mais tarde, nas redes sociais, Joana partilhou uma mensagem terna ao lado de uma fotografia da filha:
“A maneira como vê e age com o mundo é diferente, mas especial. Com tempo. O tempo dela. Obrigada, Carol, por me deixares ver o mundo com os teus olhos. É tão mais bonito.”
Além de Carolina, Joana e Eduardo são também pais de Leonor, de 12 anos.
💭 Reflexão Final
O testemunho de Joana Machado Madeira é um lembrete poderoso de que o amor de mãe é também intuição. O seu desabafo mostra a importância de ouvir o coração, procurar respostas e compreender que cada criança tem o seu próprio ritmo e forma de sentir o mundo. A empatia, a paciência e o apoio são, por vezes, o melhor remédio.
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