O que revelou o filho da vereadora de Vagos após confessar o crime


Susana Gravato, vereadora de Vagos, foi morta a tiro pelo filho de 14 anos. O caso chocou o país e reacendeu o debate sobre a responsabilidade penal de menores.

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🕯️ Uma tragédia familiar que abalou Portugal

Susana Gravato, vereadora da Câmara Municipal de Vagos, foi assassinada a tiro na sua própria casa, na tarde de terça-feira, 21 de outubro de 2025. O principal suspeito é o seu filho de apenas 14 anos, que acabou por confessar o crime. O caso está a ser tratado como homicídio qualificado pela Polícia Judiciária.

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🧩 O plano: arma do pai, câmaras desligadas e simulação de assalto

Segundo as autoridades, o adolescente terá memorizado o código do cofre onde o pai guardava a arma. Após o disparo, tentou encenar um assalto: espalhou objetos pela casa, desligou as câmaras de vigilância e cobriu o corpo da mãe com uma manta. A vítima foi encontrada pelo marido, alertado por uma colega de trabalho que falava com Susana ao telefone no momento do disparo.

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🧑‍⚖️ O que acontece agora ao jovem?

Por ter 14 anos, o menor não pode ser julgado criminalmente. Foi-lhe aplicada uma medida cautelar de internamento em centro educativo, em regime fechado, por três meses. Caso se confirme uma medida definitiva, o internamento não poderá ultrapassar três anos, o que significa que será libertado, no máximo, aos 17.

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🧑‍💼 Quem era Susana Gravato?

Licenciada em Direito, advogada desde 2005 e militante do PSD desde 1994, Susana Gravato era vereadora com os pelouros da Administração Geral, Justiça, Ambiente, Saúde Animal e Coesão Social. Era descrita como uma mulher dedicada, trabalhadora e muito respeitada na comunidade. A autarquia decretou três dias de luto municipal em sua homenagem.

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🧠 Reflexão: Quando o lar se torna palco de silêncio e dor

A morte de Susana Gravato levanta questões profundas sobre saúde mental, relações familiares e os limites da exigência parental. A violência doméstica, mesmo quando inesperada, pode surgir em contextos aparentemente estáveis. É urgente reforçar os mecanismos de escuta, apoio psicológico e prevenção dentro das famílias.

O país chora uma mãe, uma autarca e uma cidadã que acreditava no serviço público.

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Fontes:  

Sapo.pt – Comportamentos do filho após o crime  

ZAP – Câmaras desligadas e simulação de assalto  

Infocul – Internamento em regime fechado  

Jornal da Bairrada – Disparo com arma do pai  

Observador – Enquadramento legal e decisão judicial

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