Família teme pelo filho de Susana Gravato: "Ele não sabe o que fez ainda. Vai precisar de muita ajuda"

Adolescente de 14 anos suspeito de matar a mãe, vereadora de Vagos

A comunidade de Vagos continua abalada com a morte de Susana Gravato, vereadora da Câmara Municipal, alegadamente assassinada pelo próprio filho de 14 anos. O caso, ocorrido a 22 de outubro, está a ser investigado pela Polícia Judiciária, que aponta para fortes indícios de homicídio qualificado.

Amigo da família revela preocupação com o estado emocional do jovem

Amílcar Matos, tesoureiro da Junta da Gafanha da Boa Hora e amigo próximo da família, partilhou com a comunicação social o seu receio quanto ao impacto psicológico que o adolescente poderá enfrentar. “Ele ainda não tem noção do que fez. Quando se aperceber, será quem mais vai sofrer”, afirmou, apelando ao respeito pela dor da família.

Influência da Internet e ausência de motivos aparentes

Segundo Matos, o jovem não vivia em privação: “Tinha tudo, não lhe faltava nada.” A hipótese de influência por conteúdos online foi também levantada, sugerindo que o ato poderá ter sido impulsionado por factores externos e não por conflitos familiares diretos.

Arrependimento e perturbação emocional

Após o crime, o adolescente foi internado num centro educativo no Porto, onde deverá permanecer durante três meses. Fontes próximas indicam que o jovem se encontra “perturbado, assustado e profundamente arrependido”.

Detalhes do crime indicam possível premeditação

Apesar da idade, os comportamentos do jovem após o homicídio levantam suspeitas de planeamento. Terá disparado dois tiros contra a mãe ao ser surpreendido durante uma tentativa de fuga, seguido de um terceiro disparo contra o seu próprio telemóvel, que depois atirou para a piscina de um vizinho.

Posteriormente, deslocou-se ao cemitério da Gafanha da Boa Hora, onde escondeu a arma do crime na campa dos avós paternos, alegadamente com a ajuda de um amigo.

Consequências legais limitadas pela idade

De acordo com a legislação portuguesa, menores de 16 anos não podem ser responsabilizados criminalmente. Assim, o jovem apenas poderá ser internado numa instituição educativa, por um período máximo de três anos.

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