Mãe de Forcado Morto Condena Críticas e Revela Que Filho Irá Salvar Sete Vidas

Desabafo Enérgico nas Redes Sociais

Alzira Trindade expressou-se nas redes sociais contra os que celebraram a morte do seu filho, Manuel, afirmando: “Nunca fez mal a um touro”. Acusou o PAN e seus seguidores de reagirem com “aplausos, risos e regozijos” à tragédia que vitimou o jovem forcado de 22 anos.

Amor pelos Animais e Honra Tauromáquica

A mãe lembrava que Manuel cresceu rodeado de cães, que “fazem parte da família”, e sublinhou que “os animais sabem quem são as boas pessoas”. Defendeu ainda que os grupos de forcados nunca ferem os touros, mas lidam com arte, honra e bravura.

Reflexão Sobre Direitos e Liberdade

Alzira criticou a desumanização das críticas: o filho foi tratado como algo menos que um “animal racional”. Questionou por que razão desportos perigosos — tanto para humanos como para animais — não recebem a mesma atenção crítica. Reafirmou que vivemos num país democrático onde cada um tem o direito de gostar do que quiser, sem interferência alheia.

Um Legado de Vida: Dador de Órgãos

No entanto, em meio à dor, surge uma luz de esperança: Manuel foi dador de órgãos e, com isso, vai salvar sete vidas. “Ele vai continuar vivo em sete pessoas para vos incomodar. Que mau que ele era, o animal racional”, ironizou, em mais uma contundente resposta aos críticos.

O Que Aconteceu

A tragédia ocorreu durante uma pega taurina no Campo Pequeno (Lisboa), quando Manuel, forcado dos Amadores de São Manços (Évora), foi colhido por um touro da ganadaria Vinhas e embateu com violência contra as tábuas da arena. Foi transportado para o Hospital de São José, onde veio a falecer na manhã de sábado, dia 23 de agosto de 2025.

Reflexão Final: Respeito, Memória e Diálogo

Este episódio é um convite à empatia: enquanto se discutem tradições culturais, nunca se deve esquecer a dimensão humana por trás dos acontecimentos. Manuel não era apenas um número num debate sobre a tauromaquia — era uma pessoa com sonhos, afetos e coragem. O gesto final de doar os seus órgãos, numa decisão altruísta, transforma a dor em vida, deixando um legado que transcende toda a controvérsia.

Num país plural e democrático, a discussão sobre touradas é legítima. Mas o respeito pelas vítimas e pelas suas famílias deve sempre prevalecer. Que este momento nos inspire a ler com menos julgamento e agir com mais humanidade. 

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